Estudantes da Escola das Artes integram programação do Serralves em Festa

Os alunos Maria Miguel Pratas e Miguel Ribeiro do terceiro ano da Licenciatura em Som e Imagem, Ricardo M. Vieira, do Mestrado em Som e Imagem, e Benjamim Gomes, do Mestrado em Cinema, foram os estudantes da Escola das Artes selecionados para participar na 17ª edição do Serralves em Festa.


Junho marca início da festa que celebra Serralves como um espaço inclusivo da arte e da cultura, contando com centenas de eventos de música, dança, teatro, performance e circo contemporâneo, exposições no Museu, cinema, vídeo, fotografia e inúmeros workshops. A programação integra a apresentação de trabalhos de alunos da Escola das Artes, que podem ser contemplados de 2 a 4 de julho.

No decorrer do evento, o maior festival de expressão artística contemporânea em Portugal e um dos maiores da Europa, os visitantes podem apreciar “Low Intersection od Benign Machines”, de Maria Miguel Pratas e Miguel Ribeiro, “Panóptico. Reprovável Pessoa-Torre” de Ricardo M. Vieira, “Vórtice Magnético ou Mecanismo de Dobra Fantasmática” de Benjamim Gomes, pontos de passagem obrigatórios para quem aprecia arte contemporânea.

LOW INTERSECTION OF BENIGN MACHINES
Apresentações:
Dia 3 de Junho — 14:00 e 19:00
Local: Casa de Serralves, 2º Andar

Instalação e performance, composta por um sistema áudio de auscultação de 7 de peças de cerâmica. Através de uma sinergia entre este agrupamento de maquinaria sonora, com a delicadeza dos elementos cerâmicos, LOW INTERSECTION OF BENIGN MACHINES apresenta uma série de objetos - assentes num manto de veludo branco — que são ouvidos e amplificados por vários microfones de contacto. No seu formato performance, através do contacto direto do performer com as peças, as reações da cerâmica são ampliadas e transpostas para um universo de ecos e reverberações.

PANÓPTICO. REPROVÁVEL PESSOA-TORRE
Apresentações:
Dia 2 e 3 de Junho — 22:30
Local: Sala 5, Museu

Panóptico. Reprovável Pessoa-torre. é uma instalação sonora que explora a estrutura prisional desenhada por Jeremy Bentham. A auto-vigilância imposta pela incerteza. Por se julgar observado, Tomás observa-se. O ciclo repete-se. O lugar de Tomás é uma torre mas a hierarquia perdeu-se, a torre move-se ou é movida, a função de Tomás é ambígua e a cada repetição alteram-se-lhe a intenção e o aspecto.

Vórtice Magnético ou Mecanismo de Dobra Fantasmática
Apresentações:
Dia 2 de Junho — 22:00
Local: Corredores laterais à la Jane Austen, no jardim em frente à casa

“Tempo é o que acaba. Tempo é o tempo limitado experimentado por uma criatura sentiente. Sentiente do tempo, isto é - fazendo ajustes ao tempo relativamente ao que Korzybski chama comportamento de intenção neuromuscular respectivamente ao ambiente como um todo...” - William S. Burroughs.

Enquanto dispositivo indexador de tempo, as suas capacidades estão limitadas a uma quantidade finita de espaço sobre o qual emparelha imagens a códigos temporais. Contudo, um elemento estranho perturba o circuito, um fantasma, uma Coisa, um duplo imperfeito que sobrecodifica o espaço que o dispositivo percorre. Assim, um acidente temporal específico deste aparelho técnico é criado onde duas temporalidades diferentes competem pelo mesmo espaço, o limbo eletrónico onde coalesce uma quimera temporal.

As montagens decorrem nos dias que antecedem o festival e contam com o apoio da Escola das Artes.

 

pt
01-06-2023